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quarta-feira, setembro 06, 2006

Revista de BD sobre Badminton tenta atrair jovens praticantes

O Brasil vai ganhar, na próxima quinta-feira, um reforço para tentar popularizar o Badminton no país.

Mas não se trata de um jogador de elite internacional ou de um veterano da modalidade, mas sim de personagens que não são de carne e osso.

O lançamento de uma revista em quadrinhos é a aposta dos dirigentes para seduzir crianças e adolescentes a entrar numa modalidade que é desconhecida de grande parte do público e tem baixo número de praticantes.

A idéia partiu de Francisco Ferraz, presidente da Federação de Badminton do Piauí (FEBAPI), após perceber que poucas crianças conheciam a modalidade. "Fiquei pensando no que a criança ia gostar. Então lembrei do quadrinho, do gibi, de figurinhas", conta o dirigente.Formando em administração, Ferraz usou parte da experiência adquirida na época em que cursou engenharia mecânica para desenhar as personagens principais da história.

Como modelo, usou dois atletas conhecidos da modalidade: Guilherme Kumasaka e Patrícia Oelke, que competiram nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003, na República Dominicana."Achei engraçado", revela Kumasaka sobre a própria caricatura. "O badminton é um esporte que está começando (no Brasil), tem algumas dificuldades, precisa de mais de mais divulgação", completa um dos principais atletas da modalidade no país.

Mas, por enquanto, a divulgação ainda será pequena. A tiragem inicial da revista é de apenas 500 unidades. "Gostaria que a Confederação (Brasileira de Badminton) bancasse os gastos do volume 2. Mas o volume 1 vai ser o mais importante de todos porque vai servir de base para as crianças. O volume 1 é o pontapé inicial do projeto", diz Ferraz.

"Nós estamos procurando algum patrocínio para isso (fazer novas edições). A confederação não tem verba", rebate Celso Wolf Júnior, presidente da Confederação Brasileira de Badminton.

A primeira edição da revistinha foi feita na base da camaradagem e de ajuda estatal. Ferraz fez as caricaturas das personagens principais e roteirizou a história, que conta o surgimento do Badminton e as principais regras da modalidade.

O cartunista Zorbba finalizou o projeto, que foi patrocionado pelas Secretarias do Desporto e Lazer e de Educação de Teresina.

As revistas serão distribuídos gratuitamente em clínicas de Badminton e eventos da modalidade que se disputem pelo país fora.

Quando a tiragem inicial se esgotar, as federações interessadas vão ter que encomendar um novo "stock" (pagando) à gráfica no Piauí (Brasil).

O Badminton é um dos poucos desportos que nunca deram medalhas ao Brasil nos Jogos Pan-Americanos. Existem no país cerca de 6 mil praticantes, sendo que apenas 2 a 3 mil são filiados (ou seja, que efectivamente disputam competições da modalidade).

O Presidente da Confederação de Badminton ainda não sabe o quanto a criação da revista vai ajudar no aumento do número de praticantes. "Acho que a revista será mais uma ferramenta para divulgar o esporte. Mas quantificar isso é difícil. De qualquer forma, vai ajudar", afirma Wolf Júnior.

Fonte: Esporte UOL

sábado, setembro 02, 2006

Alexandre Marquês "usa" o Badminton para fugir ao stress

Alexandre Marquês, de 26 anos, licenciado em Arquitectura, é Campeão Nacional de Seniores (categoria D) .
Em breve conversa com o atleta ficámos a saber um pouco mais sobre este desporto tão pouco falado no nosso país, mas que nos dá muitos motivos de orgulho.

Jornal Regional.com- Como e quando descobriu o Badminton?

Alexandre Marquês- Descobri o Badminton quando tinha 13 anos, na altura, o já extinto Grupo Desportivo e Recreativo da Maçã, tinha um núcleo de Badminton e através do incentivo de alguns colegas, decidi experimentar. Ao fim de poucos treinos, acabei por ingressar na prática da modalidade, onde joguei até aos 18 anos de idade, até ao término do clube. Nesse momento o Badminton deixou de fazer parte da minha vida. No entanto, ficou sempre a vontade de continuar e regressei à prática há cerca de 2 anos, quando com um conjunto de antigos jogadores do Desportivo da Maçã, decidimos voltar a implementar a modalidade no Concelho. Foi nessa altura que criámos o Núcleo de Badminton do Grupo Desportivo de Sesimbra.

J.R.com- Porque escolheu este desporto?

A.M.- O Badminton é uma modalidade extremamente exigente técnica e fisicamente, sendo um dos desportos mais rápidos com raquete, o que exige rápidos reflexos e uma boa condição física. É este conjunto de factores que me levou a querer praticar a modalidade.

J.R.com- Como tem corrido até agora?

A.M.- Este ano foi extremamente positivo, consegui obter o título de Campeão Nacional de Seniores (categoria D) e obtive também o 1º lugar na variante de pares homens, juntamente com o meu irmão. Porém, durante a época lesionei-me em duas situações, sendo que uma das lesões durou até final da época, no entanto, nunca me impediu de competir, apenas me limitou um pouco.Outro ponto menos positivo, deve-se à falta de apoios que o núcleo tem, pois todas as despesas são a cargo dos atletas, inscrições, equipamentos, deslocações, estadias, refeições, etc., o que representa um gasto de algumas centenas de euros que cada atleta tem de despender para poder participar nas provas pontuáveis para o campeonato nacional. Não é fácil, mas quem corre por gosto…Nesta altura a nossa aposta é na formação e a perspectiva é de levar a modalidade ao maior número de jovens do concelho, dando-lhe um relevo parecido com aquilo que se passava quando eu era juvenil, tornando o Núcleo de Badminton do GDS numa referência nacional.

J.R.com- Qual a sensação de ser campeão nacional?

A.M.- No início da época, achámos que seria possível conquistar o título de Campeão Nacional de Singulares ou de Pares, por isso a sensação é principalmente de dever cumprido.

J.R.com- Quantas horas de treino tem por semana?

A.M.- Infelizmente não as suficientes, o ideal para um desporto com esta exigência são 4 treinos semanais, porém treinamos apenas 5 horas por semana. Para compensar este facto e complementar os treinos, praticamos outros desportos.

J.R.com- Pretende seguir este desporto ou é apenas uma maneira de ocupar os tempos livres?

A.M.- É simplesmente um modo de ocupar os tempos livres, gosto da modalidade e da competição em si, mas a prática do Badminton é apenas um modo de praticar desporto e de fugir ao stress da vida quotidiana. Contudo, tudo farei por continuar a dignificar o meu clube e a modalidade.

Fonte: Jornal Regional.com